sábado, 31 de agosto de 2013

A Prática dos Cinco Ministérios

A Prática dos Cinco Ministérios
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.” (Ef 4:10-11)

Segundo este texto, os cinco ministérios não são chamados para fazerem o serviço, mas para aperfeiçoar, treinar e equipar os santos, para estes exercerem o ministério. O foco daqueles que chamados para serem apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres não está na pessoa destes e no exercício do apostolado, do profético, do evangelismo, do pastorado ou do ensino. O trabalho fundamental destes ministérios é preparar os santos para estes exercerem o ministério (serviço).

Diante disto, como, então, os cinco ministérios devem exercer sua função? A resposta a esta pergunta é uma chave preciosa, porque a maneira que respondemos determina a forma de como exercemos nosso chamado. Ou seja, a resposta a esta pergunta determina o perfil de nosso ministério. Este é o segredo do sucesso ou do fracasso daqueles que foram chamados para exercerem os cinco ministérios.

Apesar da importância desta resposta, ela é muito simples. Cada ministério foi chamado principalmente para preparar a igreja na característica do chamado que possui. Assim, o apóstolo deve fazer com que a igreja seja apostólica, o profeta precisa levar a igreja a ser profética, e o evangelista deve gerar na igreja o espírito evangelístico. Não é simplesmente que o evangelista deve evangelizar, mas sim fazer com que a igreja se torne evangelística. Para isto, certamente o evangelista deve ter uma boa experiência e prática de evangelismo para ter um bom testemunho e saber ensinar, transmitir e impartir esta característica à igreja. Assim também o apóstolo deve viver na prática apostólica para poder influenciar a igreja apostolicamente.

Com isto em mente, o foco do apóstolo não está na pessoa do apóstolo, mas no exercício do apostólico. O que um apóstolo deve mais entender e se preocupar é em como gerar o espírito apostólico na igreja e não em como ser um apóstolo. O que um apóstolo deve entender é sobre o apostólico e não sobre o apóstolo. Se assim fizer ele será um bom apóstolo. Igualmente acontece com os outros ministérios. O profeta não deve estar preocupado em como é um profeta, mas no que consiste o profético. A vida de um profeta deve estar encharcada com o espírito profético para gerar este espírito na igreja. E assim com cada ministério.

Compreendido isto, tiramos o foco da pessoa e colocamos o foco na função. Entendemos que as coisas na igreja não deveriam funcionar por causa de um “figurão”, mas porque todo corpo está aperfeiçoado e trabalhando nos cinco ministérios.

Resumindo: a preocupação do apóstolo deve ser gerar o apostólico na igreja. A preocupação do profeta deve ser gerar o profético na igreja. A preocupação do evangelista deve ser gerar o evangelístico na igreja. A preocupação do pastor deve ser gerar o espírito pastoral na igreja. E a preocupação do mestre deve ser gerar o conhecimento na igreja. Ou seja, o apóstolo deve entender muito sobre o apostólico e não sobre o apóstolo. O profeta deve entender muito sobre o profético e não se preocupar em como é profeta. E assim por diante.

Falo isto por dois motivos. Primeiro porque muitos que são chamados apóstolos, profetas, etc. somente têm a preocupação consigo mesmo, em exercer seu ministério, esquecendo que sua função não está concentrada na sua pessoa, mas em gerar o espírito que Deus colocou sobre ele na igreja. Segundo porque se assim acontecer, começamos a entender que os cinco ministérios não são títulos e posições na igreja, mas funções de impartição do espírito que Deus colocou sobre estes ministérios.


Ricardo Wagner, apóstolo

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